Isto é 60% a mais que previsões anteriores da ONU
por José Eduardo Mendonça 29/11/2012
Um aumento desta ordem faria desaparecer pequenos estados ilhas como Tuvalu e as Maldivas
Um estudo publicado em 2009 na Nature Geoscience afirmava que os níveis do mar iriam subir 82 centímetros até o final do século. O autor depois se retratou e disse que uma estimativa verdadeira ainda era desconhecida. Mas apenas estava usando modelos semelhantes ao utilizados pela Quarta Avaliação do Painel Internacional Sobre a Mudança do Clima (IPCC), de 2007. Esta afirmara que os níveis cresceriam entre 18 e 59 centímetros.
Na polêmica que se seguiu, o próprio IPCC enfatizou que baseava-se em informação incompleta sobre o derretimento de gelo e que a elevação poderia ser maior. Exatamente como diziam seus críticos, para os quais o painel era muito conservador. Martin Vermeer, da Universidade de Tecnologia de Helsinki, e Stefan Rahmsdorf, do Instituto de Pesquisa de Impacto do Clima de Potsdam, publicaram um estudo no final de 2009 projetando uma elevação de 0,75 a 1,9 metros.
Agora, outro estudo publicado no Environmental Research Letters, usando a mais recente tecnologia de satélite, traz outra informação, divulgada na semana da Conferência do Clima da ONU em Doha. Segundo ele, os níveis vêm aumentando em 3,2 milímetros por ano nos últimos 30 anos, e não em 2 milímetros por ano, como se calculara antes. Se a tendência continuar, os níveis podem estar crescendo em 9 milímetros por ano dentro de um século. O aumento total até lá poderia ser de 1,2 metro.
Um aumento desta ordem faria desaparecer pequenos estados ilhas como Tuvalu e as Maldivas. Regiões de delta, como Bangladesh, onde vivem milhões de pessoas, seriam inundadas e cidades costeiras como Nova York teriam de construir defesas.
O mesmo Stefan Rahmsdorf, do estudo de 2009, lidera o trabalho atual e diz que os níveis de dióxido de carbono na atmosfera estão levando a um aquecimento global, o que por sua vez causa o derretimento de gelo e aumenta os níveis do mar. Segundo ele, o IPCC não foi nem de longe alarmista – e sim subestimou a dimensão do problema.
Há quem prefira olhar a questão com mais cautela, como Andrew Shepherd, professor de observação da Terra da Universidade de Leeds. Segundo ele, são necessárias mais evidências para este tipo de afirmação. “O estudo atual faz uma comparação interessante de variações de temperatura e níveis do mar globais, e sugere que o aumento destes níveis será maior que o previsto pelos modelos usados pelo IPCC. No entanto, para que isto seja correto, temos de considerar as fontes potenciais deste aumento maior. Quando consideramos todos os dados de satélite disponíveis, há na verdade pouca evidência para apoiar a sugestão de que há uma aceleração da perda de gelo na Antártica. Então, talvez tenhamos de procurar estas fontes potenciais em outro lugar”, afirmou ele, segundo o Daily Telegraph.
National Geographic Brasil Nov/2012
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