Por Vanessa Barbosa 25/03/2014
Buraco na camada: áreas em azul e roxo apresentam baixa concentração de ozônio estratosférico
Apesar do banimento dos CFCs, pesquisa detecta quatro novas substâncias que danificam a camada de ozônio e são emitidas por atividades humanas
São Paulo – Novas substâncias podem colocar em risco a recuperação da camada de ozônio, relata um estudo publicado na revista Nature Geoscience, neste domingo. Análises de amostras de ar da Tasmânia e do gelo da Groenlândia revelaram a presença de quatro novos gases artificiais nocivos ao ozônio estratosférico.
Sete tipos de CFC e seis de hidroclorofluorocarboneto (HCFC, um gás intermediário do CFC) são reconhecidamente associados à destruição da camada de ozônio. Por força do tratado internacional, a concentração da maioria tem diminuído progressivamente.
Na contramão desta tendência, os cientistas estimam que cerca de 74 mil toneladas dessas quatro substâncias recém-descobertas tenham sido liberadas na atmosfera no último meio século.
O CFC-113a é uma das quatro substâncias químicas artificiais recém-descobertas. Diferentemente dos outros gases, ele parece acumular ininterruptamente nos últimos 50 anos. Pior, entre 2010 e 2012, as emissões desse gás deram um salto de 45 por cento. Uma das possíveis fontes do CFC-113a é seu uso como matéria-prima de pesticidas agrícolas, sugere o estudo.
Na lista de novos gases aparecem outros dois CFC e um HCFC, que também afetam a camada de ozônio, mas a um menor grau.
Quase todos os CFCs também são gases de efeito estufa centenas de vezes mais potentes que o dióxido de carbono, embora suas concentrações sejam muito menores. Segundo os pesquisadores, seu esfeitos sobre o clima também devem ser considerados.
Rodrigo Pizeta Especialista em Gestão Ambiental
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