Os biocombustíveis são geralmente promovidos como uma solução sustentável para alimentar a demanda crescente por energia, e, de fato, substituem fontes fósseis e ajudam a mitigar as mudanças climáticas.
Entretanto, uma série de questões têm sido levantadas para minimizar determinados riscos associados à sua produção, como garantir que não prejudiquem o cultivo de alimentos, a biodiversidade, a fertilidade do solo e a qualidade da água, além de não estarem ligados a desmatamentos.
Visando incentivar investimentos no setor de biocombustíveis, a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), em parceria com diversas instituições, lançou um relatório que investiga a sustentabilidade social, ambiental e econômica da sua cadeira de produção.
Intitulada ‘Kit para avaliação dos biocombustíveis: diretrizes para os tomadores de decisão‘, a publicação apresenta pontos sobre questões como as emissões de gases do efeito estufa, biodiversidade, proteção do solo, produtividade, manejo dos recursos, segurança alimentar, titularidade da terra, gênero, condições de trabalho, custo-benefício e ciclo de vida (figura).
O kit foi desenvolvido para auxiliar na avaliação da real sustentabilidade dos projetos de produção de biocombustíveis. Já que essa tarefa pode ser demorada e cara, a publicação visa fornecer um panorama inicial para tal, identificando os elementos mais críticos.
O relatório foi financiado pelo projeto ‘Avaliações Globais e Diretrizes para a Produção Sustentável de Biocombustíveis Líquidos em Países em Desenvolvimento’ do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF).
Rodrigo Pizeta Especialista em Gestão Ambiental
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