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segunda-feira, 31 de março de 2014

IPCC alerta para mais secas, inundações e incêndios florestais

por Redação do EcoD 31/03/2014

Cidade de Vila Velha no Espírito Santo, alagamento em dezembro de 2013, eventos climáticos serão mais frequentes e com intensidades mais fortes.


O Painel Intergovernamental da ONU sobre Alterações Climáticas (IPCC) alertou nesta segunda-feira, 31 de março, que crescentes emissões de carbono vão ampliar o risco de conflitos, fome, cheias e migrações durante este século e advertiu que, se nada for feito, as emissões de gases de efeito estufa poderão custar bilhões de dólares, principalmente em danos em propriedades e ecossistemas.
A conclusão consta do relatório apresentado em Yokohama (Japão), elaborado por cerca de 500 cientistas e representantes políticos, em que é analisado o conhecimento atual das mudanças climáticas e o seu impacto no homem e na natureza em diferentes pontos do mundo.
Trata-se de “um dos mais completos relatórios científicos da história”, definiu o secretário da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Michel Jarraud, em entrevista durante a apresentação do documento. “Não há nenhuma dúvida de que o clima está mudando”, acrescentou, e que “95% dessas mudanças devem-se à ação humana”.
O relatório apresentado pelo IPCC – criado pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (Pnuma) e pela OMM – analisa os efeitos das alterações climáticas atualmente, a médio (entre 2030 e 2040) e a longo prazo (2080-2100), tendo em conta um aquecimento global entre 2 e 4 graus centígrados, baseado em projeções atuais.
No caso da Europa, as mudanças climáticas vão provocar um aumento das restrições de água devido à “significativa redução da extração dos rios e aquíferos subterrâneos” combinada com o aumento da procura para irrigação, energia, indústria e uso doméstico, diz o documento citado pelas agências internacionais.
O processo será intensificado em determinadas áreas do continente, devido à maior perda de água por meio do seu processo natural de evaporação, particularmente no Sul da Europa”, acrescenta o relatório.
Eventos extremos
Outro risco para a Europa refere-se ao aumento do calor, que pode ter impacto negativo na saúde e no bem-estar da população, na produtividade, na produção agrícola e na qualidade do ar, bem como ao risco de incêndios florestais “no Sul do continente e no Extremo Norte da Rússia”.
No relatório, o IPCC alerta, além disso, para a maior probabilidade de inundações nas zonas costeiras devido à crescente urbanização, ao aumento do nível do mar e à erosão da costa.
A fim de atenuar esses riscos, o IPCC apela aos líderes políticos para que tomem medidas a fim de reforçar os sistemas de vigilância, advertindo para “eventos climáticos extremos”, melhorem a gestão de recursos hídricos e as políticas para promover a poupança de água ou para combater os incêndios florestais.
Consequências catastróficas
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, alertou que se não houver uma ação imediata diante das alterações climáticas, o mundo vai enfrentar consequências “catastróficas” .
“Se não agirmos de forma dramática e rápida, a ciência diz que o nosso clima e o nosso modo de vida estão literalmente em perigo”, ressaltou Kerry em comunicado divulgado em Paris, onde se deslocou para conversações com a Rússia sobre a crise ucraniana.
O secretário de Estado norte-americano destacou que “negar a ciência é negligência”, advertindo que “os custos da inércia são catastróficos”.
Os Estados Unidos e a China encontram-se no grupo dos principais poluidores do mundo, mas John Kerry lembra que não é apenas um país que provoca alterações climáticas, da mesma forma que não é apenas uma nação que as pode travar.
Atuação urgente
A comissária europeia da Ação pelo Clima, Connie Hedegaard, advertiu que não se pode suspender as alterações climáticas e pediu aos parceiros internacionais que atuem urgentemente para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
“Carregar no botão ‘adiar’ não funciona quando se trata do clima”, observou Hedegaard em comunicado, após conhecer os resultados do relatório divulgado hoje.
“Mais conhecimento é sempre bom, mais ação seria ainda melhor”, lembrou Hedegaard, destacando que é hora de “despertar e atuar da forma necessária”.
A comissária disse que a União Europeia prepara a adoção de um objetivo “ambicioso” de redução em 40% das emissões de gases de efeito de estufa até 2030, em relação aos níveis de 1990. Ela espera que a meta seja adotada até ao fim deste ano, após a aprovação pelos Estados-Membros e pelo Parlamento europeu.
Hedegaard pediu a “todos os grandes emissores” desses gases contaminantes que “façam o mesmo com urgência”, e insistiu que não se pode deixar de atuar contra as alterações climáticas.

“Ao acordar com o alarme do relógio todas as manhãs, carregar no botão de ‘repetição’ pode parecer que nos dá mais um momento de calma antes de termos de nos levantar e enfrentar o dia. Mas esse tempo adicional será uma ajuda?. Não quando se trata do clima”, comparou Hedegaard.
- Conheça aqui mais detalhes do relatório do IPCC em PDF (em espanhol) 

Rodrigo Pizeta é Especialista em Gestão Ambiental


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IPCC: Impactos da mudança climática serão severos e irreversíveis

por Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU 31/03/2014

Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, Ipcc, afirmou que mundo tem que conter o aquecimento global e fazer escolhas sobre riscos; estudo de 309 cientistas foi divulgado no domingo em Yokohama, Japão.
Os impactos da mudança climática serão severos e irreversíveis para a humanidade. A conclusão é parte do relatório divulgado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, Ipcc.
O documento “Mudança Climática 2014: Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade” foi apresentado, no domingo, em Yokohama, no Japão.
Peixes
Segundo o estudo, se nada for feito, nos próximos 20 ou 30 anos, os oceanos estarão mais ácidos, o que afetará diretamente a vida marinha ameaçando arrecifes de corais. O aquecimento global levará ainda muitas espécies de peixe a mudar de região por causa das águas mais quentes.
Em algumas partes da Antártida, potenciais pescas podem cair em mais de 50%. Os especialistas trabalham com a hipótese de uma subida de temperatura entre 2º e 4ºC.
O relatório foi compilado com a ajuda de 309 autores de 70 países. Os cientistas manifestaram preocupação também com a segurança alimentar. Plantações de milho, arroz e trigo serão todas afetadas, até 2050, de acordo com as previsões. As perdas podem chegar até 25%.
Um dos autores do relatório, o professor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, José Antonio Marengo Orsini, falou à Rádio ONU, de São Paulo. Ele participou da apresentação do relatório no Japão. Segundo o professor Marengo, as medidas têm que vir dos governos em parceria com a sociedade.
Nordeste e São Paulo
“Os governos têm que colocar a agenda do clima, da mudança climática dentro da agenda política. Se não pode ser muito tarde, poderemos ter problemas como os que já temos agora com a seca do nordeste e a situação de seca na região de São Paulo.”
O estudo da ONU revela que o nível de mortalidade por cheias e secas também pode subir em todo o mundo.
Os autores do relatório afirmaram ainda que os efeitos da mudança climática já estão sendo sentidos em todos os continentes e em todos os oceanos. O Ipcc acredita que, em muitos casos, o mundo está mal preparado para os riscos do aquecimento global.
Ainda na entrevista à Rádio ONU, o professor José Marengo disse que o stress causado pela escassez de água e por crises no setor agrícola podem levar a conflitos políticos.
Eventos Passados
Mas segundo o relatório, ainda há oportunidades para se responder aos riscos mesmo com as dificuldades causadas pela subida de temperatura.
O documento revela que a resposta à mudança climática inclui escolhas sobre riscos num mundo de rápidas transformações.
Um dos co-presidentes do Grupo de Trabalho II, Vicente Barros, disse que o mundo está vivendo numa era de mudança climática provocada por seres humanos. Um outro co-presidente, Chris Field, disse que as medidas de combate à mudança climática não podem ser focadas em eventos passados, mas sim no futuro.
Cooperação
Os cientistas do Ipcc lembram que o setor agrícola, os ecossistemas e a saúde humana já estão sentindo os efeitos do aquecimento global.Paraos autores, a situação é de vulnerabilidade.

O presidente do Ipcc, Rajendra Pachauri, finalizou, afirmando que o relatório do Grupo de Trabalho II é mais um passo importante para ajudar a reduzir os riscos da mudança climática. Ele agradeceu a colaboração de mais de 430 especialistas e a cooperação de mais de 1,7 mil revisore ajudaram a produzir o relatório.

Rodrigo Pizeta é Especialista em Gestão Ambiental

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IPCC: Novo relatório é alerta para governos e sociedade

por Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil 31/03/2014
Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas destaca que as transformações no clima podem ser vistas por todo o planeta e que ainda não estamos preparados para elas
Os impactos das mudanças climáticas já afetam agricultura, ecossistemas, recursos hídricos, oceanos, setores econômicos e a saúde humana. Felizmente, ainda há tempo para ações de mitigação e adaptação que reduzam os prejuízos desses efeitos. Porém, atualmente, não estamos prontos para enfrentar as piores consequências do aquecimento global.
Essa é a principal mensagem do relatório “Impactos da Mudança Climática, Adaptação e Vulnerabilidade”, apresentado nesta segunda-feira (31) pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, entidade que reúne milhares de cientistas de mais de uma centena de países.
“Vivemos na era das mudanças climáticas produzidas pelo homem. Em muitos casos, não estamos preparados para os riscos que já enfrentamos. Investimentos em uma melhor preparação podem render benefícios no presente e no futuro”, declarou Vicente Barros, co-presidente do Grupo de Trabalho II do IPCC, responsável pelo documento.
Para ser escrito, o relatório, que possui mais de duas mil páginas, contou com 309 autores, 436 colaboradores e 66 revisores de 70 países. No total, mais de 12 mil referências científicas foram citadas.
Uma das conclusões do trabalho é a de que, apesar de as mudanças climáticas afetarem a todos, serão os pobres os mais impactados. A alteração do clima está agindo como um multiplicador de outras ameaças, como a dificuldade em conseguir alimentos e moradia.
“As pessoas, sociedades e ecossistemas por todo o mundo são vulneráveis em escalas diferentes. As mudanças climáticas interagem com outras ameaças e aumentam seus riscos”, disse Chris Fields, co-presidente do GT II.
O IPCC destaca que, quanto mais demorarmos para adotar medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, piores elas serão.

A entidade tenta convencer governos, empresas e a sociedade de que existem oportunidades na adaptação, com ganhos econômicos e de saúde pública a serem conquistados por aqueles que fizerem investimentos em setores como energias limpas, conservação ambiental e manutenção de serviços ecossistêmicos.
“Compreender que as mudanças climáticas são um desafio de gestão de risco abre uma ampla variedade de oportunidades para integrar a adaptação ao desenvolvimento social e econômico (…) Lidar com o aquecimento global de forma criativa é uma importante forma de melhorar o mundo”, disse Fields.
Impactos
O relatório é dividido em 30 capítulos, a maioria destinada a indicar os impactos já vistos e projetados das mudanças climáticas em determinada região ou ecossistema.
Entre os efeitos que já possuem sólidas evidências de estarem acontecendo, o IPCC destaca:
- Pessoas em desvantagem social ou geográfica estão tendo suas vidas ainda mais prejudicadas por efeitos das mudanças climáticas;
- Espécies marinhas e terrestres estão alterando sua abrangência, atividades sazonais, padrões de migração e interação;
- Os eventos climáticos extremos, como secas e enchentes, estão mais frequentes e intensos;
- Os preços dos alimentos têm sofrido com momentos de altas drásticas, causadas por eventos climáticos extremos;
- O nível dos oceanos está subindo devido ao maior calor absorvido e ao derretimento de geleiras e dos polos.
- O processo crescente de acidificação dos oceanos está relacionado ao aumento da concentração de CO2.
Já entre as previsões classificadas como altamente confiáveis e com evidências robustas, aparecem, por exemplo:
- Para cada um grau de aumento da temperatura média global, ocorrerá uma queda de 20% na disponibilidade de recursos hídricos para 7% da população mundial;
- Se as emissões de gases do efeito estufa seguirem subindo, no pior cenário, até o fim do século XXI, o número de pessoas expostas a grandes enchentes será três vezes maior do que se as emissões tiverem sido reduzidas;
- Maiores riscos de mortes resultantes de ondas de calor;
- Maior exposição a doenças transmitidas pela água e por alimentos;
- O aquecimento global colocará em risco a produtividade pesqueira e os serviços ecossistêmicos dos oceanos;
América do Sul
No capítulo sobre a nossa região, o IPCC destaca que o aquecimento global pode ser de 1,7°C, no melhor cenário de redução de emissões, a até 6,7°C, no pior cenário.
A questão dos recursos hídricos preocupa, com o Nordeste brasileiro, por exemplo, podendo enfrentar uma redução de 22% na precipitação até 2100. Além disso, com o degelo contínuo dos Andes, o fornecimento de água na região poderá estar ameaçado no futuro.
No Brasil, o aumento das temperaturas resultará na migração de espécies para o Sul e Sudeste, o que deve aumentar os riscos de extinções, visto que essas regiões não possuem tantas áreas naturais.
O relatório indica, com alta confiança, que uma série de doenças, como malária, cólera, problemas cardiovasculares e respiratórias, ficará mais comum na América do Sul.
Uma boa notícia é a redução das previsões negativas sobre o futuro da Amazônia. O processo de transformação da floresta em uma savana, causado principalmente pela redução da precipitação, está mais lento do que se pensava. Um dos motivos para isso pode ser a diminuição do desmatamento: uma floresta mais preservada e menos fragmentada seria mais resiliente.

Adaptação
O IPCC afirma que esse relatório representa um sinal de alerta para os governos e sociedade, mostrando que é preciso desde já minimizar os efeitos das mudanças climáticas.
A entidade tenta deixar claro que além de úteis para lidar com o clima, as ações nesse sentido podem resultar na geração de emprego, melhorias na saúde pública e crescimento econômico.
Por exemplo, na América do Sul e Central, já há acordos para a conservação de áreas naturais que envolvem comunidades locais para garantir o fornecimento de serviços ecossistêmicos. Trata-se de um tipo de iniciativa que representa diversos benefícios, como a manutenção dos recursos hídricos e o aumento da renda dos povos nativos.
“A adaptação às mudanças climáticas não demanda uma agenda exótica de ações nunca antes tentadas”, explica Fields, destacando que a maioria das medidas, como obras de saneamento básico, remoção de pessoas de áreas de risco e melhor tecnologia para a agricultura, deveriam ser realizadas mesmo se a transformação no clima não estivesse ocorrendo.
“Os principais climatologistas do mundo estão nos dizendo que devemos transformar a maneira que utilizamos nossos recursos naturais – das florestas ao petróleo – para evitar os piores impactos das mudanças climáticas. Essa transformação já está a caminho, mas não na velocidade necessária”, declarou Christiana Figueres, secretária-geral da Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (UNFCCC).
O “Impactos da Mudança Climática, Adaptação e Vulnerabilidade” é a segunda parte da quinta avaliação do IPCC (IPCC Fifth Assessment Report – AR5), que será apresentada em dezembro durante a Conferência do Clima de Lima (COP 20), no Peru.
A primeira parte, “Base Científica da Mudança Climática“, foi publicada em dezembro e a terceira, “Mitigação da Mudança Climática”, será divulgada em abril.

Rodrigo Pizeta é Especialista em Gestão Ambiental



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IPCC: Mudanças climáticas já são uma realidade e não estamos preparados para enfrentar suas piores consequências

por Bruno Toledo, do Observatório do Clima 31/03/2014

Segunda parte do 5º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas aborda os impactos globais já evidentes e previstos do aumento da temperatura global. 
Para IPCC, ações efetivas de mitigação são cada vez mais urgentes, pois o mundo não está preparado para lidar com as piores consequências das mudanças do clima.
Depois de uma semana de trabalho intenso, dentro e fora das salas de conferência em Yokohama, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) divulgou hoje a segunda parte de seu 5º relatório de avaliação (AR5), que aborda especificamente a questão dos impactos evidentes e previstos do aumento da temperatura média global hoje e nas próximas décadas.
A mensagem central do texto já tinha sido antecipada por vazamentos de informações nas últimas semanas, mas continua bastante contundente: as mudanças do clima podem causar impactos graves, abrangentes e irreversíveis, afetando a saúde humana, moradia, alimentação e segurança da humanidade neste século XXI. Muitos desses impactos já estão sendo sentidos na pele, mas ainda não estamos preparados para enfrentar os piores impactos possíveis desse fenômeno.
O relatório destaca que o aumento da temperatura média global levará ao aumento na frequência de eventos climáticos extremos em todo o planeta, o que pode afetar especialmente comunidades pobres e a biodiversidade em geral. O degelo do Ártico, fenomeno já evidente na última década, pode acelerar e causar o aumento do nível dos oceanos numa velocidade para a qual nenhuma comunidade humana está preparada para enfrentar.
As mudanças do clima também afetarão a agricultura, diminuindo a sua produtividade num contexto de aumento previsto da demanda de alimento até a metade desse século.
Este volume do AR5 é a avaliação mais completa já realizada sobre os impactos das mudanças do clima. O texto contou com 309 autores, 436 colaboradores e 66 revisores técnicos de 70 países.
A expectativa agora é saber como essas novas e temerosas informações influenciarão o processo político de negociação do novo acordo climático dentro das Nações Unidas, que enfrenta muitos problemas e ameaças de retrocesso no combate ao aquecimento global.
Para saber mais sobre o novo volume do AR5 do IPCC, selecionamos algumas matérias que aprofundam os destaques apresentados no texto de Yokohama. Para acessar o novo volume na íntegra, clique aqui.
IPCC report: Arctic, crops and coral reefs on climate frontline (RTCC, 31/03/2014)
IPCC Live Blogging: UN science panel releases impacts report (RTCC, 31/03/2014)
Painel da ONU prevê maior impacto do aquecimento, com mais incerteza (Folha de S. Paulo, 30/03/2014)
Relatório do IPCC sugere adaptação baseada em ecossistemas (O Estado de S. Paulo, 31/03/2014)

Rodrigo Pizeta é Especialista em Gestão Ambiental



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Entre consumo e sustentabilidade

por Marina Yamaoka, do Greenpeace  28/03/2014
Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace Internacional, em debate sobre consumo sustentável no Instituto Alana. Foto: ©Renata Franco/Instituto Alana

O desafio de equilibrar consumo e sustentabilidade. Esse foi o tema da conversa entre Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace Internacional, e Marcelo Sodré, membro do Conselho do Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana. Com a sala lotada, Kumi explicou a importância de se discutir as questões ambientais e a relação destas com os atuais padrões de consumo.
Hoje, consume-se 1,5 vezes o que o planeta tem para oferecer. E se o atual modelo de consumo não for repensado, a expectativa é de que até 2030 estejamos consumindo dois planetas Terra. Para agravar, a distribuição dos recursos acontece de maneira desigual fazendo com que mesmo com todo o hiperconsumo ainda exista uma elevada porcentagem da população sem acesso à recursos básicos.
“Não podemos lidar com nossos problemas ambientais se não considerarmos consumo e crescimento populacional. São duas faces de uma mesma moeda”, disse Naidoo. O diretor-executivo do Greenpeace Internacional continuou afirmando que “precisamos equilibrar produção e consumo e isso é uma tarefa difícil porque exige mudança de comportamento. Claro que a tecnologia oferece algumas maneiras de eficientizar o consumo, mas ela também tem custos e não é uma solução por si só.”
O debate ainda tocou sobre questões essenciais como a legitimidade do desejo de consumo, exclusão social, cidadania, publicidade e liberdade de expressão. Ao final, Sodré perguntou “você se considera otimista?”, ao que Naidoo respondeu que apesar de enxergar de forma crítica muitos dos problemas socioambientais contemporâneos e a falta de ação política tão necessária para promover mudanças, “acredito que ainda podemos vencer uma vez que esta é a única escolha que podemos fazer. Como indivíduos, temos que agira para preservar nossos filhos e neto nos comprometendo e fazendo o máximo que podemos.”

Rodrigo Pizeta é Especialista em Gestão Ambiental


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Cidade do Cabo é escolhida a Capital Global da Hora do Planeta

por Redação do WWF Brasil 28/03/2014
Vista do centro da Cidade do Cabo (Cape Town), na África do Sul, que foi escolhida a capital global da Hora do Planeta através do Desafio das Cidades © Martin Harvey/WWF-Canon

O Desafio das Cidades da Hora do Planeta (Earth Hour City Challenge) premiou a Cidade do Cabo, na África do Sul, com o título de Capital Global da Hora do Planeta. A cidade foi reconhecida pela ambição e ações pioneiras no combate às mudanças climáticas com o esforço de aumentar a qualidade de vida dos seus cidadãos. Cidade do Cabo sucede Vancouver, no Canadá, vencedora do último ano e sede da premiação neste ano realizada nesta quinta-feira (27/03).
A Capital Global da Hora do Planeta de 2014 surge como um modelo para o hemisfério Sul com uma série de programas verdes e ações que outras cidades podem replicar. A Cidade do Cabo demonstra como estratégias para a redução de emissões de carbono e a luta contra a mudança climática também podem colaborar para o desenvolvimento de outras prioridades como alimentação, energia e segurança da água.
A cidade vem tomando medidas ousadas para fazer a transição do atual sistema de energia dos combustíveis fósseis para energias renováveis como, por exemplo, a implantação de um programa de aquecimento solar de água. A participação da comunidade nas questões de sustentabilidade e o forte progresso com a eficiência energética, especialmente um programa de adaptação em grande escala para o seu parque imobiliário, foram outras ações pioneiras destaque.
O Desafio das Cidades convidou pessoas de todo o mundo para dar voz ao suporte por um futuro com energias 100% renováveis e também às 33 finalistas através da plataforma We Love Cities (Nós Amamos as Cidades). A votação online contabilizou mais de 300 mil votos. Medellin (Colômbia) e Khunhan (Tailândia) empataram em primeiro lugar por conta do engajamento local. Além dos votos, foram centenas de sugestões de como as cidades podem ser ainda mais sustentáveis.
As cidades de Copenhagen, Chicago, Seoul e Estocolmo também receberão menção honrosa do júri pela ambição, escala e impacto das ações, além do compromisso para transição rumo a um futuro de energias 100% renováveis.
Balanço final
Belo Horizonte, capital nacional da Hora do Planeta, também concorreu ao prêmio. Além da cidade brasileira e da vencedora, fizeram parte da disputa: Copenhagen (Dinamarca), Lappeenranta (Finlândia), Bruxelas (Bélgica), Stocolmo (Suécia), Edmonton (Canadá), Coimbatore (Índia), Muang Klang (Tailândia), Semarang (Indonésia), Monteria (Colômbia), Chicago (EUA), Cidade do México (México) e Seoul (Coreia do Sul).
Mais de 160 cidades de 14 países participaram do Desafio das Cidades – mais que o dobro do que na edição anterior. Nesse ano, o júri internacional levou em consideração, principalmente a ambição e inovação de cada cidade para o desenvolvimento de uma cultura de baixo carbono considerando o contexto local.
O WWF trabalhou junto com o ICLEI (Governos Locais para a Sustentabilidade) na mobilização das cidades para participarem do Desafio. O ICLEI ainda forneceu o uso da plataforma Carbonn – usada para o registro de clima das cidades – como principal meio de reporte para a iniciativa.

Rodrigo Pizeta é Especialista em Gestão Ambiental


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Estudo aponta que a falta de saneamento básico impacta na educação

por Blog Educação 28/03/2014

A falta de saneamento afeta a higiene de meninos e meninas, como ocorre com esse esgoto a céu aberto em Madagascar. Nas cidades brasileiras a área da educação também sofre impactos negativos. Foto: Lova Rabary-Rakontondravony/IPS

O estudo Benefícios econômicos da expansão do saneamento brasileiro, publicado no último dia 19 pelo Instituto Trata Brasil e pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável – CEBDS, apontou que a falta de saneamento básico nas cidades brasileiras afeta várias áreas, entre as quais, saúde, trabalho e renda, imóveis, turismo e educação.
Segundo o relatório, a falta de água tratada e de esgotamento sanitário causa grande impacto no aprendizado de crianças e jovens do país. Doenças provocadas pelo consumo de água contaminada, como as infecções gastrointestinais, que ocasionam diarreia e vômito, levam a queda no rendimento dos alunos.
Em média, estudantes sem acesso a esses serviços básicos têm atraso escolar maior do que aqueles com as mesmas condições socioeconômicas, mas com acesso ao saneamento. A universalização do acesso à coleta de esgoto e à água tratada, de acordo com a pesquisa, reduziria em 6,8% o atraso escolar, o que possibilitaria o aumento da escolaridade média do brasileiro nos próximos anos, com efeito sobre a produtividade no trabalho e na renda.

Contexto – o Brasil ocupa a 112ª posição em um ranking de saneamento entre 200 países. Sua pontuação no Índice de Desenvolvimento do Saneamento é inferior às médias da América do Norte, da Europa e de alguns países do Norte da África e do Oriente Médio, onde a renda média da população é menor do que a renda dos brasileiros. De acordo com estimativa do estudo, mais de 14 milhões de moradias não têm água encanada e cerca de 35 milhões de pessoas vivem sem coleta de esgoto no Brasil. Para levar o saneamento básico para 100% da população, o país precisa investir pouco mais que 300 bilhões de reais até 2033.

Rodrigo Pizeta é Especialista em Gestão Ambiental
Obs: Não tive dúvidas, por isso que postei, é necessário que as políticas públicas sejam mais eficazes, nossos impostos são altos e não trás benefícios a população pobre, se viajarmos pelas grandes regiões metropolitanas do Brasil veremos que a situação é crítica e se andarmos mais a frente para as regiões do Nordeste, Centro-Oeste e Norte a situação é cada vez pior, falta tudo, os investimentos não são aplicados como deveria, uma nação para crescer necessita de pessoas saudáveis, desta forma será impossível nós atingirmos um grau de satisfação e qualidade de vida para o povo brasileiro, é o mínimo que o governo tem que fazer, dar saúde para seu povo.

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quinta-feira, 27 de março de 2014

OMS: Poluição do ar mata cerca de 7 milhões de pessoas por ano

Por Leda Letra, da radio ONU 27/03/2014
Pequim na China já vivencia grandes problemas com a poluição
Dados apresentados esta terça-feira, 25, confirmam que má qualidade do ar é líder ambiental em riscos para a saúde; doenças do coração, derrames e obstrução crônica do pulmão são as principais consequências da poluição.
A Organização Mundial da Saúde calcula que uma a cada oito mortes no mundo é causada pela exposição ao ar poluído. A nova estatística da agência da ONU foi apresentada esta terça-feira em Genebra.
Em 2012, cerca de 7 milhões de pessoas morreram devido à poluição do ar, duas vezes mais do que as estimativas anteriores. Segundo a OMS, esta é a principal causa ambiental de riscos à saúde.
Detalhes
A pesquisa revela uma forte ligação entre a poluição do ar e doenças respiratórias, do coração, derrames e câncer. A nova estimativa é baseada em um melhor conhecimento sobre a exposição humana ao ar e tecnologias mais avançadas para medir esses dados, incluindo o uso de satélites.
De acordo com a OMS, os cientistas conseguiram fazer uma análise detalhada dos riscos à saúde a partir de uma distribuição demográfica mais ampla, incluindo áreas rurais e urbanas.
Carvão
A agência calcula que a poluição do ar em ambientes fechados foi relacionada a mais de 4,3 milhões de mortes. Os casos estavam ligados ao uso de fogões de biomassa, carvão e madeira para cozinhar.
No caso da poluição em áreas abertas, o levantamento da OMS fala em 3,7 milhões de mortes em áreas rurais e urbanas.
Como a maioria das pessoas está exposta ao ar poluído em locais internos e abertos, as taxas de mortalidade não podem ser somadas e por isso, a OMS chegou à média de 7 milhões de mortes em 2012.
Coração e Pulmão
Os países do sudeste asiático e do Pacífico tiveram os maiores números de mortes relacionadas à poluição do ar, com quase 6 milhões de casos.
Em todo o mundo, 40% das pessoas que morreram pela poluição do ar em ambientes abertos sofreram doenças do coração; outros 40% tiveram derrame. Entre as outras causas de mortes, estão doença pulmonar obstrutiva crônica, câncer de pulmão e infecção respiratória aguda em crianças.
Transportes
Já os pacientes que morreram como consequência da poluição do ar em ambientes fechados tiveram principalmente derrame (34%), doenças do coração (26%), e do pulmão (22%).
Segundo a diretora do Departamento de Saúde Pública da OMS, Maria Neira, os riscos do ar poluído são bem maiores do que o previsto, em especial nos casos de doenças do coração e derrames. Para Neira, a evidência mostra a necessidade de ação combinada para a limpeza do ar que respiramos.
A OMS lembra que a poluição excessiva do ar geralmente está ligada a políticas insustentáveis nos setores de transportes, energia, gestão de resíduos e indústrias.

Rodrigo Pizeta é Especialista em Gestão Ambiental

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quarta-feira, 26 de março de 2014

Lixo eletrônico aproxima o Zimbábue da crise ambiental

por Tatenda Dewa, da IPS/ 26/03/2014
O lixão de Westlea, onde frequentemente são lançados dejetos eletrônicos perigosos. Foto: Tatenda Dewa/IPS
Harare, Zimbábue, 26/3/2014 – Os dejetos eletrônicos estão se convertendo em uma “emergente crise ambiental” no Zimbábue, alertou Steady Kangata, gerente de educação e publicidade da Agência de Manejo Ambiental. “Pode fugir do controle se não houver uma ação firme”, destacou à IPS. O especialista explicou que os cidadãos, grandes companhias e negócios informais lançam “indiscriminadamente” nos lixões artigos eletrônicos usados, como televisores, rádios, computadores e fornos de micro-ondas, nos quais há substâncias perigosas.
“Esses dejetos são daninhos porque contêm material tóxico como mercúrio, chumbo e agentes cancerígenos que, quando inalados ou ingeridos, podem ter efeitos de longo alcance na saúde das pessoas”, acrescentou Kangata. “Alguns desses dejetos são inflamáveis e radioativos, e seus elementos podem afetar o sistema reprodutivo e o nervoso. Se acumulam e portanto são um perigo ambiental”, explicou, acrescentando que o país não está preparado com adequados sistemas de eliminação desse tipo de resíduo. Além disso, alertou que são os mais pobres que correm maiores riscos.
Jairos Zimombe, do assentamento informal Warren Park, a oeste de Harare, está desempregado há dez anos, mas sobrevive coletando e vendendo plástico e outros dejetos do lixão Westlea, que fica próximo. Ali, a municipalidade da capital queima regularmente resíduos farmacêuticos e médicos, como termômetros, produtos dentais e seringas das clínicas locais. Do lugar emana uma fumaça constante.
Diariamente, centenas de recicladores percorrem o lixão em busca de pedaços de metal, plástico e borracha, bem como componentes elétricos que possam vender no mercado da capital. Kangata alerta que essas pessoas estão “constantemente expostas a dejetos eletrônicos, mas a tragédia é que a maioria nem mesmo está consciente do perigo”.
Na verdade, Zimbombe, de 45 anos, está convencido de que seu trabalho não implica nenhum risco para sua saúde. “Minha única preocupação com essa fumaça é que às vezes me faz tossir. Mas fora isso não vejo outro problema com esses artefatos. Por que, então, a municipalidade continua jogando essas coisas e não nos alerta?”, questionou à IPS.
Segundo Kangata, as autoridades municipais locais deveriam eliminar esses dejetos de forma adequada, separando-os do restante do lixo. Mas a Lei de Manejo Ambiental e as disposições municipais não especificam que as autoridades estatais ou locais devam fazer isto. A maioria dos conselhos municipais locais tampouco recolhe as pilhas de lixo que se acumulam nas áreas residenciais.
Phillip Mutoti, prefeito de Chitungwiza, cidade dormitório de Harare, disse à IPS que o manejo do lixo enfrenta problemas financeiros. Porém, destacou que sua administração retira o lixo semanalmente. “A maioria dos moradores e das companhias locais não paga seus impostos, por isso temos problemas financeiros. Contamos com um limitado número de caminhões de lixo, mas esperamos receber mais no futuro”, afirmou, admitindo que os coletores não separam o lixo perigoso dos demais.
Shamiso Mtisi, chefe de investigação da Associação de Direito Ambiental, disse à IPS que o país não tem “uma política clara e integral sobre o lixo eletrônico. A Lei de Manejo Ambiental inclui regulações para a eliminação de resíduos perigosos, mas não aborda especificamente o tema do lixo eletrônico”.
Em 2002, o Zimbábue ratificou as convenções de Basel, Rotterdam e Estocolmo, que restringem a transferência transfronteiriça de contaminantes orgânicos e outras formas de lixo. Além disso, regula o manejo de químicos danosos. Em 1993, o país também ratificou a Convenção de Bamako, que proíbe a importação pela África de lixo perigoso. Essas convenções, no entanto, não contemplam o lixo eletrônico.
“Assim, os responsáveis por manejar de forma inadequada o lixo eletrônico acabam se livrando ou são apenas acusados por crimes menores, e pagam pequenas multas se são levados à justiça”, pontuou Mtisi. “Essa omissão legal também impede a existência de sistemas específicos para manejar o lixo eletrônico”, acrescentou. Segundo Kangata, a multa por jogar ilegalmente qualquer forma de lixo varia de US$ 5 a US$ 5 mil. As autoridades municipais e a Agência de Manejo Ambiental estabelecem essas sanções segundo a quantidade de lixo jogado e o grau de perigo que representam para a saúde pública.
A Associação de Residentes de Harare também está preocupada com a falta de sistemas adequados para tratar o lixo eletrônico, e teme que a população corra perigo. “É preciso adotar uma urgente política de colaboração entre as municipalidades, as associações de moradores, a Agência de Manejo Ambiental e outros especialistas para desenhar mecanismos de tratamento do lixo eletrônico”, declarou à IPS o presidente da associação, Simba Moyo.
“Primeiro, os moradores precisam ser informados sobre os perigos e as melhores formas de administrar o lixo eletrônico, e para isto são necessárias campanhas de massa para conscientização”, pontuou Moyo. Esse tipo de campanha poderia proteger a saúde dos filhos adolescentes de Zimombe. Nas férias escolares, ele os leva ao lixão para que o ajudem a coletar os dejetos, expondo-os aos tóxicos.
“As crianças são especialmente vulneráveis aos riscos sanitários resultantes da exposição a lixo eletrônico, e, portanto, precisam de proteção específica”, alerta a Organização Mundial da Saúde em seu site.
No entanto, Zimombe ainda não está convencido dos perigos, embora admita que sofre dores de cabeça constantes, frequentes problemas respiratórios e às vezes dificuldades para dormir. Como a maioria dos recicladores, não tem dinheiro para ir ao médico, e muito menos para se submeter a um tratamento. “Não posso me dar o luxo de fazer exames médicos. A pobreza é que me obriga a fazer este tipo de trabalho para poder me manter e à minha família. Enquanto puder andar e vir até aqui, tudo estará bem. Pararei quando ficar gravemente doente”, afirmou. Envolverde/IPS


Rodrigo Pizeta é Especialista em Gestão Ambiental

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2013 foi o sexto ano mais quente já registrado, afirma agência das Nações Unidas

por Redação da ONU Brasil 25/03/2014
Devastação nas Filipinas pelo tufão Haiyan, em 2013. Segundo relatório da OMM, catástrofes como essa podem se tornar ainda mais frequentes. Foto: OCHA

A sequência de secas, ondas de calor, alagamentos, ciclones tropicais e outras calamidades em 2013 seguem uma tendência confirmada no mais recente relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Segundo a Declaração Anual sobre o Estado do Clima, o ano de 2013 empatou com 2007 como o sexto mais quente registrado desde o início das pesquisas.
A conclusão também foi reforçada por análises regionais e nacionais não só de fatores como temperatura e eventos extremos, mas também de detalhes como tamanho das camadas de gelo, aquecimento e aumento do nível das águas oceânicas e concentrações dos gases de efeito estufa.
Calor em disparada
De acordo com o relatório, publicado nesta segunda-feira (24), 13 dos 14 anos mais quentes já pesquisados pertencem ao século 21. Adicionalmente, cada uma das três últimas décadas foi mais quente do que a anterior, culminando no período de 2001-2010 como o mais quente de todos.
  • ESPECIAL: Clique aqui e acesse um mapa interativo sobre as variações climáticas em 2013
  • Ouça aqui a matéria da Rádio ONU em português
A temperatura global média em 2013 para as superfícies terrestre e oceânica ficou em 14,5°C – um aumento de meio grau Celsius comparado à média de 1961-1990, e 0,03°C mais quente que a da década de 2001-2010.
O aumento das temperaturas foi especialmente sentido em regiões do hemisfério sul, com a Austrália registrando o seu ano mais quente e a Argentina, o seu segundo.

“Fenômenos naturais como erupções vulcânicas ou o El Niño e La Niña sempre contribuíram para o quadro geral de nosso clima, influenciando temperaturas ou causando desastres como secas e enchentes”, explica Michel Jarraud, secretário-geral da OMM. “Mas muitos dos eventos extremos de 2013 são consistentes com uma mudança climática induzida por ações humanas.”
O caso australiano
Em nenhum outro lugar, segundo a pesquisa, o calor foi sentido com tanta força do que na Austrália.
Um estudo de cientistas do Centro de Excelência em Ciências sobre Sistemas Climáticos, da Universidade de Melbourne, utilizou nove modelos globais para investigar se as mudanças climáticas, bem como suas influências nas temperaturas extremas dos últimos verões australianos, estavam relacionadas a fatores humanos.
A conclusão indicou uma probabilidade cinco vezes maior para as temperaturas entre 2012-2013 terem sido causadas por ações humanas.
“É virtualmente impossível”, disse o estudo, “que o calor recorde em 2013 tenha ocorrido sem a contribuição humana para o efeito estufa, ilustrando um pouco das calamidades que podem se tornar bem mais frequentes”.
Desastres pelo mundo
O relatório também destaca uma série de eventos climáticos excepcionais em todo o planeta durante 2013, como por exemplo o tufão Haiyan (ou Yolanda), que devastou partes centrais das Filipinas – e uma das tempestades mais fortes a atingir terra firme – e a seca no nordeste brasileiro, a pior em 50 anos.
O documento também destaca que Angola, Botsuana e Namíbia foram devastadas por uma seca sem precedentes, enquanto Sudão e Somália sofreram com pesadas chuvas e alagamentos. A cidade de El Reno, em Oklahoma (EUA), foi atingida pelo tornado mais extenso já registrado. Além disso, precipitações intensas resultaram em severos alagamentos na região dos Alpes europeus, incluindo países como Áustria, República Tcheca, Alemanha, Polônia e Suíça.
Em outro trecho, a agência da ONU aponta que as concentrações de gases carbônicos na atmosfera, o nível das águas oceânicas e a extensão da camada de gelo antártica alcançaram níveis recordes.

O documento baseia suas conclusões em três bancos de dados independentes, localizados nos EUA e no Reino Unido. Tanto o resumo quanto o relatório completo estão disponíveis clicando aqui.

Rodrigo Pizeta é Especialista em Gestão Ambiental

Postado por ARVORE - Alianças Estratégicas às 10:02 Nenhum comentário:
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