quarta-feira, 23 de março de 2016

Dia Mundial da água ...rios, córregos e lagos em estado de alerta

Por sos mata atlântica

Um levantamento com a medição da qualidade da água em 183 rios, córregos e lagos de 11 Estados brasileiros e do Distrito Federal – o mais abrangente até hoje coordenado pela Fundação SOS Mata Atlântica – revela que 36,3% dos pontos de coleta analisados apresentam qualidade ruim ou péssima. Apenas 13 pontos foram avaliados com qualidade de água boa (4,5%) e outros 59,2% estão em situação regular, o que significa um estado de alerta. Nenhum dos pontos analisados foi avaliado como ótimo.

Os dados divulgados neste Dia Mundial da Água foram coletados entre março de 2015 e fevereiro de 2016, em 289 pontos de coleta distribuídos em 76 municípios. A lista completa de rios e pontos avaliados está disponível aqui.
No Estado de São Paulo, de um total de 212 pontos de coleta analisados em 124 rios, 41,5% estão sem condições de usos múltiplos, por exemplo, para o abastecimento humano, lazer, pesca, produção de alimentos, dessedentação de animais, manutenção ecossistêmica, abastecimento público com geração de energia e drenagem, por apresentarem qualidade de água ruim ou péssima; apenas 6,1% apresentaram qualidade de água boa; e 52,4% apresentaram índices regulares, em estado de alerta. Neste ano, a cidade de São Paulo perdeu dois pontos que, até 2015, apresentavam qualidade de água boa, localizados em áreas de manancial no Parque dos Búfalos (Represa Billings) e em Parelheiros (Represas Billings/Guarapiranga). A queda nos indicadores está relacionada à pressão por novas ocupações e mudanças nos usos do solo nas áreas de mananciais.
Já o Estado do Rio de Janeiro não apresenta nenhum ponto com qualidade de água boa entre os 27 rios avaliados. Dos 30 pontos medidos, 22 (73,3%) estão em situação de alerta com condições regulares – deste total, 16 estão na cidade do Rio de Janeiro.
“Esses indicadores reforçam a importância da campanha Saneamento Já, que tem como objetivo engajar a sociedade em uma petição pela universalização do saneamento e por água limpa nos rios e praias brasileiras, e que é também tema da Campanha da Fraternidade 2016. O Plano Nacional de Saneamento Básico postergou a universalização do saneamento no país para 2033, sendo que antes o prazo era até 2020 – em virtude da falta de investimentos no tratamento de esgoto e para acabar com os lixões nos municípios. Isso resulta na precária condição de saneamento ambiental das bacias analisadas, com agravamento dos indicadores de saúde pública e o aumento das doenças de veiculação hídrica”, alerta Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica.
Os outros 32 rios analisados estão localizados no Distrito Federal e nos Estados de Alagoas, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Paraíba, Pernambucos, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Graças a uma parceira com a empresa Ypê, a expectativa é de que o projeto Observando os Rios, que levanta esses dados com base no monitoramento da qualidade da água, seja ampliado nos próximos anos, com a criação de 10 novos grupos em 9 Estados. A meta é que esse monitoramento seja realizado em todos os 17 Estados da Mata Atlântica até 2020.
Comparativo 2015-2016
A análise comparou os indicadores de qualidade da água do período de março de 2014 a fevereiro de 2015, quando as regiões Nordeste e Sudeste enfrentaram uma grave estiagem, com os dados de março de 2015 a fevereiro de 2016. Em 125 pontos de coleta monitorados notou-se uma tendência de comprometimento da qualidade da água, com leve piora nos indicadores.
Cerca da metade dos rios analisados nos dois levantamentos seguem indisponíveis para uso por apresentarem qualidade ruim e péssima. O porcentual de pontos em estado de alerta, com condições regulares, caiu de 452% para 52%, com aumento dos pontos com qualidade ruim de 41,6% para 47,2% e apenas 3,2% dos rios seguem apresentando qualidade de água boa.
Comparativo geral
A evolução dos indicadores de qualidade da água de 2015 para 2016 na cidade de São Paulo segue a mesma tendência do cenário nacional, com ligeira piora. Porém, o destaque é que a capital paulista perdeu dois pontos de qualidade de água boa, em rios localizados em áreas de manancial, por desmatamentos provocados por ocupações e por mudanças no zoneamento do município. O aumento da pressão por uso e ocupação do solo nas áreas de manancial, do volume de resíduos sólidos descartados de forma inadequada e dos esgotos não tratados, faz com que mais da metade dos rios paulistanos monitorados se mantenham indisponíveis para uso.
Já na cidade do Rio de Janeiro, nos 15 pontos de coleta avaliados, houve uma queda de 10 para 6 no número de pontos considerados ruins. A condição dos rios cariocas teve uma pequena melhora com as chuvas, que contribuíram para diluição dos poluentes e, principalmente, na diminuição dos impactos causados pelo odor à população. Essa pequena melhora registrada nos rios monitorados na cidade do Rio de Janeiro se deve ao aumento da vazão dos rios urbanos em períodos de chuva. Fator que ocorre de forma diferenciada do que foi medido na cidade de São Paulo e nos demais rios do país, onde os pontos monitorados foram impactados para pior com as chuvas e temporais que resultaram no aumento das cargas difusas de poluição, como lixo, material particulado de veículos diesel e a gasolina, sedimentos, entre outros.

As áreas preservadas de Mata Atlântica, como a Floresta da Tijuca, contribuem para que as chuvas reabasteçam os rios urbanos com maior volume de água boa, de forma que as cargas difusas de poluição não resultem na perda brusca de indicadores. Embora o Rio conte com precários índices de tratamento de esgoto e saneamento, com prejuízos diretos às condições de balneabilidade para as praias, as chuvas contribuíram para diluição de poluentes e na pequena melhoria da qualidade da água nos rios da cidade.
Comparativo cidade de São Paulo:


Comparativo cidade do Rio de Janeiro:

A evolução dos indicadores de qualidade da água do Estado de São Paulo deste período com o do ano anterior, feita em 103 pontos monitorados nos rios paulistas, segue a mesma tendência dos indicadores nacionais, apresentando aumento de 40 para 50 na quantidade de pontos avaliados com qualidade de água ruim. Porém, o diferencial é que os pontos com qualidade de água boa foram mantidos e um ponto saiu da condição péssima.
Comparativo Estado de São Paulo:


Metodologia
As coletas para o levantamento, que têm como base a legislação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama 357/2005), são realizadas com o uso de um kit de análise, que possibilita medir o IQA – Índice de Qualidade da Água, com base na metodologia desenvolvida pela SOS Mata Atlântica.
Para a avaliação da qualidade da água são considerados 16 parâmetros, incluindo níveis de oxigênio dissolvido, fósforo, nitrato, demanda bioquímica de oxigênio, coliformes, turbidez, cor, odor, temperatura da água, pH, entre outros parâmetros biológicos e de percepção. O kit permite classificar a qualidade das águas em cinco níveis de pontuação: péssimo (de 14 a 20 pontos), ruim (de 21 a 26 pontos), regular (de 27 a 35 pontos), bom (de 36 a 40 pontos) e ótimo (acima de 40 pontos).
A coleta em rios, córregos e lagos dos Estados com Mata Atlântica é feita por voluntários que formam grupos de monitoramento. Eles recebem capacitação e material da Fundação SOS Mata Atlântica para realizar a análise e disponibilizar os resultados em um banco de dados na internet. A iniciativa é aberta à população em geral, que pode participar dos grupos de monitoramento já existentes ou ajudar a criar novos grupos para monitorar rios próximos a escolas, igrejas e outros centros comunitários.
Os grupos fazem a medição uma vez por mês. Interessados em participar devem entrar em contato pelowww.sosma.org.br/contato/.

Apoie esta iniciativa e outros projetos da Fundação
Os projetos da SOS Mata Atlântica contam com o apoio de empresas e pessoas espalhadas por todo o país para serem realizados. Você também pode ajudar. 

Rodrigo Pizeta é Especialista em Gestão Ambiental


terça-feira, 22 de março de 2016

rouw voor België / Luto pela Bélgica Ataque Terrorista Bruxelas

Brussels Airport Zeventem

Hoje pela manhã logo ao acordar e abri o lap top para ler as notícias do dia nos jornais virtuais, me deparei com a seguinte machete, "Ataque terrorista mata 34 e ferem 200 em Bruxelas" me logo meio a emoção e um choro inevitável por saber que pessoas inocentes foram mortas por que a polícia Belga fez seu trabalho prendendo terroristas, em resposta a essa Prisão o Estado Islâmico provoca essa atrocidade com inocentes,  um sentimento de tristeza por ser em um país no qual tenho um grande amor, carinho, admiração por um povo educado, acolhedor, que possui sentimentos, são amigo e pacíficos. Fiquei em estado de choque até começar a entrar em contato com minha irmã e amigos para saber como estava as coisas em Brussels (Bruxelas), com eles está tudo bem, mas Brussels está sitiada, ninguém entra e ninguém sai, Aeroporto Zeventem fechado, metrô fechado, alerta nível máximo, no interior o alerta nível 3, as pessoas não podem sair de casa, foram aconselhadas pelo governo. 

Em pouco tempo atrás estava na Bélgica (Belgie) logo após o atentado em Paris, onde os terroristas saíram de Brussels, todas as armações eram articuladas lá, 3 dias depois estavamos chegando em Brussels o aeroporto tomado pelo exército e o medo é inevitável, mas se segue em frente, afinal não posso permitir que nosso objetivo seja interrompido, o brasileiro não está acostumado com tal realidade, aqui é tiroteio entre policiais e traficantes, lamentavelmente se mata inocentes, mas terrorismo á assassinato em volume, nunca se sabe de onde vem e quem são os terroristas, pois hoje em dia o Estado Islâmico tem recrutado europeus ou seja, o branquinho de olho azul pode ser uma ameaça, então não se sabe de onde vem ou o que pode acontecer. Na Bélgica (Belgie) é a sede da União Européia, em Brussels, então é visada, mas essa resposta é por conta da Prisão de um terrorista Salah Abdeslam, então são situações nas quais não se pode prever onde irá acontecer, as pessoas se comportam totalmente sem esperar, por que é uma sociedade com nível de desenvolvimento muito alto, as pessoas são muito educadas, andam muito sem preocupação com o que acontece ao seu redor, por que a violência é praticamente nula, agora as pessoas andam preocupadas, por acharem que pode acontecer algum ataque em qualquer momento.  Essa é a situação da Bélgica e da Europa no momento, o alerta é geral, Itália, Alemanha, França são nações visadas pelo Estado Islâmico, ver toda essa situação de perto nos faz ir muito mais além do que ler jornais e tentar entender o que acontece na realidade da Europa, uma guerra sem precedentes, uma guerra estúpida sem vitoriosos, um Estado Islâmico perigoso e radical tentando implantar com o medo seu Califado mas, são nações fortes contra terroristas sem rosto, agora se inicia uma Europa com segurança redobrada e atenta preparada para lidar com pessoas sem característica Árabe. 
Embarque cidade do Porto

Essa experiencia desde o embarque na cidade do Porto em Portugal até Brussels (Bruxelas) Aeroporto de Zeventem foi com medo e ao mesmo tempo feliz por que estava realizando um grande sonho, olhando as pessoas ao meu lado, Ingleses, Espanhóis, nós brasileiros, Belgas e outras nacionalidades, meu filho Kauai, minha esposa Adriane,outras crianças, pessoas conversando embarcando no avião com destino a Bélgica (Belgie) e eu me perguntando: Será que elas estão tranquilas?Depois foram dias perfeitos até o retorno a cidade do Porto. Então são experiências importantes nas quais não esquecemos, agora é tocar em frente esperando dias melhores para que essa Guerra termine e a paz reine entre as religiões e as culturas...
Deus abençoe a Bélgica e a toda Europa.


Por Rodrigo Pizeta é Sociólogo
Especialista em Gestão Ambiental




Dia do Consumidor: você tem o direito de saber e de ser ouvido

Por Redação do Greenpeace Brasil 


Nossas escolhas, como consumidores cidadãos, podem mudar o mundo. Mas o que realmente sabemos sobre os produtos que compramos?



Em 15 de março de 1965 o então presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, discursou diante de seu Congresso sobre alguns conceitos simples que deveriam sempre permear as relações de consumo. Para ele, todo consumidor deveria ter direito a segurança, informação, escolha e à ser ouvido. Tal discurso repercutiu tanto que se transformou em um dos marcos na luta pelo direitos de defesa do consumidor. Alguns anos depois, em 1985, a ONU escolheu a data para celebrar o Dia Mundial do Direito do Consumidor.
Mas passados 51 anos, os conceitos apresentados por Kennedy, e previstos também no Código de Defesa do Consumidor brasileiro, de 1990, ainda estão longe de ser alcançados, especialmente quando se trata de transparência da informação. O que vemos atualmente são ataques sistemáticos aos mecanismos que nos garantem o direito de acesso a informação. E assim, acabamos sem saber o que estamos comprando. Escolher de forma mais responsável tem sido uma tarefa cada vez mais difícil de cumprir.
 Atualmente nenhuma rede de supermercados do Brasil consegue garantir a origem de 100% da carne que vende. Foto: © Zé Gabriel / Greenpeace


Um exemplo disso é o caso da Lista Suja do Trabalho Escravo. Publicada voluntariamente pelo Ministério do Trabalho e Emprego desde 2003, a lista era atualizada a cada seis meses, com os nomes de empresas e empregadores flagrados usando mão de obra análoga a de escravo. Mas graças a uma ação movida pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) – setor que geralmente lidera no número de flagrantes de trabalho escravo, ao lado de pecuária – a lista foi bloqueada no Natal de 2014 e continua assim até hoje.

Desde então, a única ferramenta disponível para consulta dos consumidores tem sido a “Lista de Transparência sobre Trabalho Escravo Contemporâneo”, obtida regularmente via Lei de Acesso a Informação pela ONG Repórter Brasil e a InPACTO que reúne empresas e organizações que assinaram o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo. A quem interessa manter em sigilo o nome de empresas que usam trabalho escravo? Não aos consumidores, certamente.
A rotulagem de transgênicos também é emblemática. Em 2003 o Brasil foi um dos pioneiros ao exigir que os produtos fabricados a partir de insumos alterados geneticamente, os chamados Transgênicos, tivessem um aviso na embalagem – o símbolo “T” dentro de um triângulo amarelo. Mas a lei vem sofrendo forte ataque no Congresso. Apoiado pela poderosa bancada ruralista, um projeto de lei que flexibiliza a exigência já foi aprovado na Câmara e segue em pauta no Senado.
Há ainda o Cadastro Ambiental Rural (CAR) que, quando completo, trará informações sobre todas as áreas produtivas do Brasil. O prazo para o cadastramento encerra em duas semanas, com apenas 66% dos imóveis rurais inscritos até agora. Seus dados, entretanto, não estarão disponíveis publicamente, impedindo qualquer forma de controle social sobre informações que influenciam a vida de toda a sociedade.
O grande problema com o acesso à informação, pelo menos para governos e empresas, é que consumidores informados têm poder de fazer escolhas mais responsáveis para suas famílias e para o ambiente.
Pense em tudo o que o consumidor poderia fazer caso tivesse todas as informações de que necessita. Ele poderia, por exemplo, escolher não comprar carne vinda de frigoríficos que desmatam e escravizam na Amazônia. Mas hoje, essa informação não é clara e o produto que compramos no supermercado pode estar contaminado com a devastação da floresta.
Além disso, o consumidor não exije o suficiente. Uma pesquisa inédita divulgada pelo Instituto Data Popular e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), mostra que, embora os consumidores conheçam seus direitos, estes são pouco reclamados. As razões de não reclamar são diferentes para serviços públicos e serviços privados, mas em geral a população não acredita que sua voz será ouvida, que seu problema será resolvido, além do tempo e do custo de levar queixas adiante
O direito de escolha do consumidor é limitado e ao jogarmos toda a responsabilidade sobre ele, tiramos o foco de quem tem de fato capacidade e responsabilidade de mudar a forma e conteúdo de tudo que chega até nós: empresas e governos.
Mas o consumidor pode, sim, fazer sua parte, exigindo seus direitos. Juntos, temos mais poder do que imaginamos para virar esse jogo, ao cobrarmos de empresas e governos nosso direito de saber mais sobre a origem do que estamos comprando.
Neste Dia Mundial do Consumidor, te desejamos que seu direito de saber seja respeitado.

Rodrigo Pizeta é especialista em Gestão Ambiental

quinta-feira, 10 de março de 2016

Nível do mar subiu mais nos últimos cem anos que nos três milênios anteriores

Por Redação da Agência Lusa
Se o mundo continuar a ser tão dependente de energias fósseis, o nível dos oceanos pode aumentar “muito provavelmente” de 51 centímetros para 1,3 metro durante este século.  
O nível dos oceanos subiu mais rapidamente ao longo do século 20 do que nos três últimos milênios, devido às alterações climáticas, indica um estudo publicado na segunda-feira, 22 de fevereiro.
Entre 1900 e 2000, os oceanos e os mares do planeta subiram cerca de 14 centímetros, por causa do degelo, principalmente no Ártico, revelaram os autores do estudo publicado na revista científica americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
Os climatólogos estimaram que, sem a elevação da temperatura do planeta observada desde o início da era industrial, a subida do nível dos oceanos teria correspondido a menos da metade observada nos últimos cem anos.
O século passado “foi excepcional em comparação com os últimos três milênios e a elevação no nível dos oceanos acelerou nos últimos 20 anos”, disse Robert Kopp, professor do departamento de Ciências da Terra da Universidade Rutgers, em Nova Jersey, Estados Unidos.
Nível dos oceanos
Segundo este estudo, feito a partir de uma nova abordagem estatística concebida pela Universidade de Harvard, em Massachusetts, nos Estados Unidos, o nível dos oceanos baixou cerca de oito centímetros entre o ano 1000 e 1400, período marcado por um arrefecimento planetário de 0,2 graus Celsius (°C).
Atualmente, a temperatura mundial média está um grau acima do que a do final do século 19.
Para determinar a evolução do nível dos oceanos durante os últimos três mil anos, os cientistas compilaram novos dados geológicos que indicam a elevação do nível das águas, como os pântanos e os recifes de corais, os sítios arqueológicos, além de dados referentes a marés em 60 pontos do globo nos últimos 300 anos.
Estas estimativas detalham a variação do nível dos oceanos durante os últimos 30 séculos, permitindo fazer projeções mais exatas, explicou Andrew Kemp, professor de Ciências Oceânicas e da Terra da Universidade Tufts, em Massachusetts.
“Muito provavelmente”
Os investigadores também calculam que o nível dos oceanos pode aumentar “muito provavelmente” de 51 centímetros para 1,3 metro durante este século “caso o mundo continue a ser tão dependente de energias fósseis”.
Em 12 de dezembro, 195 países aprovaram o acordo de Paris, que prevê conter a elevação das temperaturas em dois graus acima da era pré-industrial.
Se os compromissos conduzirem a uma eliminação gradual do uso carvão e dos hidrocarbonetos, o aumento do nível dos oceanos talvez não vá além de 24 a 60 centímetros, segundo o estudo.
“Estes novos dados sobre o nível dos oceanos confirmam uma vez mais como este período moderno de aquecimento não é habitual, porque se deve às nossas emissões de gases de efeito de estufa”, sublinhou Stefan Rahmstorf, professor de Oceanografia no Instituto Potsdam de investigação sobre o impacto do clima, na Alemanha. (EcoD/ #Envolverde)

Rodrigo Pizeta é Especialista em Gestão Ambiental